segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Ela... ou eu?

Cabelos presos em um coque, ombros a mostra, chinelos arrastados e a visível canseira no rosto... ela caminha entre o trabalho e sua casa com seu fone de ouvido, ignorando toda e qualquer manifestação que aconteça ao seu redor.
Aquela música lembra ele, mas porque? Eles mal se conhecem, é possível contar nos dedos as vezes em que se viram! Mas o motivo não importa, quando vê, um sorriso já domina o seu rosto, ela... tímida, tenta disfarçar. Não consegue, o sorriso teima em ficar ali, no seu rosto.
Que sensação seria essa? Não é paixão, tão pouco amor... seria uma simples atração? Ela pensa... pensa mais um pouco e desiste de entender, afinal, raras são as vezes que suas atitudes e sentimentos tem alguma explicação.
Gostar de tudo e não gostar de nada. Ter muito medo e muita coragem. Querer muito e se contentar com pouco. Ser inexplicavelmente feliz e sentir uma tristeza inexplicável. São 20 anos vivendo nos extremos, a prova? Depois de todos esses pensamentos e auto-analise, ela esquece da música, esquece dele, esquece até de si e volta toda a sua atenção para uma simples paisagem.

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