Acontecimentos recentes me trouxeram questionamentos em relação à validade de algumas coisas, até que ponto egoísmo é egoísmo, saudade é saudade e espaço é espaço?
Em produtos é tão fácil saber até quando aquilo vai ser aquilo mesmo, basta olhar o prazo de validade na embalagem, mas e na vida?
Como saber se egoísmo realmente é egoísmo da minha parte ou já passou a ser comodismo de outra pessoa? Por exemplo: Se eu compro um chocolate e não ofereço para ninguém, tudo bem, sou egoísta. Mas se eu ofereço e todos aceitam, e no próximo dia a cena se repete, e um chocolate acaba sendo pouco, afinal está sendo partilhado, e mais um dia de chocolates partilhados, e mais outro, e mais outro... Até que me dá aquela vontade de comer o chocolate escondido para não ter que dividir... Eu continuo sendo egoísta ou apenas estou poupando meu dinheiro? Até que ponto eu preciso dividir o que é meu para não ser considerada egoísta pela sociedade?
E a saudade? Ela é sempre saudade? Ela também já não foi outra coisa antes de ser saudade? A gente não sente saudades de algo que não gosta, então antes de ser saudade, ela foi amor, amizade, carinho ou no mínimo uma situação agradável. Depois de um tempo ela não passa a ser outro sentimento? Eu não posso estar vivendo do passado ao invés de estar sentindo saudade?
E o espaço então, onde começa e onde termina o meu e o seu? A validade do meu espaço pode não condizer com a validade do seu e provavelmente a gente tenha um conflito, pois no momento em que você achar que o seu espaço começou, o meu pode ainda não ter acabado, e ai vira invasão.
Será que se eu não dividir o meu chocolate, se eu viver do passado e invadir o seu espaço, você ainda vai gostar de mim?
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