A vida no rumo ou é sinal de que o tormento já passou, ou é sinal de que está por vir. Não vamos nos acomodando quando achamos que tudo está certo e decidido e lindo e com muito amor. Lá está você, seu livro de cabiceira, seu som preferido. Acorda cedo, banho, café, não esquece a escova de dentes, chama o elevador e volta pra trancar a porta. Rotina diária, tá tranquilo, tudo decidido e um telefonema, uma mensagem no celular, um recado no mensseger, qualquer hipótese é válida para mudar o rumo das coisas. Você jura de pés juntos que estava em seu canto. Jura que havia passado o final de semana anterior dormindo no sofá à espera de alguma coisa. E jura, com mais firmeza, que dessa vez seus planos eram outros e não faziam parte do que foi divulgado nesses meios de comunicação que servem para ajudar, mas também para embolar nossa mente.
O coração tava sossegado. Em porções à banho-maria ia seguindo sem problemas até que a água toda já não era mais capaz de aquecer o que se tinha. Mas existe por aí um "tal" que cura tudo. Não sei porquê, mas desde que haja problemas com o coração, seja quando queima ou quando esfria, e até quando fica em ponto morto, esse "tal" resolve. Não é a primeira vez que esse troço se destroça mas quando menos se espera vem lá o moreno alto, estilo bebezão e toma conta de cuidar e achar e aquecer e afugentar e agradar e encantar. "Tum tum tum tum tum", tá ouvindo? Acelerou. Tá funcionando. Tá quebrando a memória, tá voltando a lembrar de tudo. Tá travando a imagem. Estranho, justo aqui. Moreno, alto, estilo bebezão. Tudo isso e nada disso. Foi um quase passado que se torna quase presente toda vez que o banho-maria ja perde a graça.
Mas a cura? Onde está? Jurava que estava caminhando em outro rumo e no cruzamento tudo se junta novamente. A obra recomeça e Vai e volta, mas nunca foi e por isso não voltou. Mas se estar tranquilo é estar em banho-maria, que esteja com disritmia para sempre, se for assim que o troço aqui dentro ficar quando, em conversas ao acaso, encontrar seu sorriso, suas batidas ao joelho, e até mesmo o olhar, que quase sempre foge com medo de nunca mais sentir vontade de fugir.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
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