Sabe, num período um pouco nublado e com muitas tempestades, descobri uma das coisas que me fazem sentir vontade de levantar todas as manhãs e seguir em frente, mesmo que seja para encarar situações que não suporto mais.
Chega normalmente depois do café preto matinal que me faz companhia enquanto aguardo ansiosa a definição do que vai ser daquele instante até a hora em que colocarei novamente a cabeça no travesseiro para dormir e começar tudo de novo. A mesa recebe uma vibração e declara que chegou. A mensagem. O “Bom Dia”. Agora sim. Qualquer tormento, insatisfação e estresse não conseguirão me afetar totalmente. Duas palavras capazes de estampar sorrisos e dar coragem.
Não digo que é rotina só começar o dia depois que essas palavras chegam. É que, na verdade, necessito delas para ter certeza que posso seguir em frente confiante de que ao menos alguma coisa não está perdida. Um torpedo muda tudo.
Como parte do meu dia e da minha vida, a mensagem e tudo o que vem com ela me transmite paz e preenche o que tiver por dentro. E quem diria, hein? Depois de tantos anos esperando alguma coisa que completasse e desse sentido, uma pessoa e uma mensagem diária acabam com a necessidade de sentido e de entendimento. Quando fica tudo bem, não preciso entender mais nada.
E gosto de dias comuns, domingo na chácara com sol rachando lá fora e a gente do lado de dentro com preguiça do mundo. Sábado de tempestade e nós dois assustados com o barulho do trovão. De sol a chuva, só uma coisa me faz querer esquecer do resto e de todos os podres que vem com ele.
O emissor de duas palavras “mágicas”, estando ou não ao meu lado, transforma a minha vida como se fizesse surgir da cartola a solução pra todos os problemas do mundo.
Mas não é mágica, tampouco a mensagem. O que me faz continuar todas as manhãs após o café preto é a demonstração de que todos os dias faço parte do pensamento dele. E ele do meu. Não só de manhã, mas a qualquer hora, já que sempre é um "Bom Dia" quando se tem uma pessoa que completa tudo envolvida nisso.