quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Progressividade

Incrível é a borboleta que ainda quando larva é detestada e enojada por todos. Mal sabem os que a rejeitam que a tão pequena feiurinha tem um belo coração.
Por natureza se exila em seu casulo, torna-se forte, bela, fria. Tanta sensibilidade nas asas de seda, uma pedra no coração.
A borboleta nem sempre foi tão bela quanto é com as asas postas ao céu. E aquela história do jardim é verdade mesmo, mas sabe, ela funciona só para aqueles que a admiravam já nos tempos de larva. Esse lance de que presente é o que importa realmente conta, mas as marcas do passado sempre vem à tona e se elas não forem aceitas nem adianta regar todos os dias as flores e podá-las e deixá-las belas. Quem a admira desde os tempos de sua formação nem precisa prestar tanta atenção assim na beleza externa do jardim, se as plantas tiverem vida e coração, se forem puras e não ervas daninhas, a borboleta sempre volta.
Por isso, tão esperta foi a natureza que colocou junto à seda de suas asas uma espécie de pirimpimpim que como mágica fecha os olhos daqueles que esquecem a magia da vida e não veem com o coração. Belos desenhos tem as asas, mas nem tão encantadores quanto o mistério que existe no casulo, na sua evolução.

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