quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em obras.

[Escrito em 20 de fevereiro de 2010]

Eu vou viver por mim. To deixando o passado arquivado na memória. Vou sair por aí captando novos sorrisos, novas sintonias. Quero novas emoções. Essa coisa de mexer em arquivo morto traz muita poeira pra nossa cabeça e ninguém aqui tá afim de ficar doente por remexer no passado. É a melhor coisa. Aceitar o fim. Aceitar o começo. Encarar a mudança. Esqueça o sacrifício de empilhar as caixas e organizar por cores as gavetas. Pense que o trabalho gasto será tempo ganho em alguma hora da nossa vida. Hoje eu to mesmo afim de viver diferente de tudo o que eu já vivi. É tanta coisa diferente que o meu grande medo deixou de ser medo de tão grande que é. Passou a ser ansiedade, vontade de descobrir. Quero encarar tudo melhor. Quero poder melhorar cada vez mais a minha ficha para que outras pessoas consigam querer comprar meus sorrisos. Estou em reformas.
Não significa que estou inabitável, apenas estou me remodelando para agradar outro tipo de público alvo. Já disse que essa história da mesmice incomoda né? Era legal antes quando a vida era chata e o nascer do sol brilhava sempre na janela. Agora que eu acordei e vi o céu encoberto percebi que está na hora de mudar a janela de lugar. Estou mudando de vista para que eu tenha um novo paradigma do que me cerca. Quero coisas belas, flores no canteiro, o céu azul e o arco Iris depois da chuva. Quero frio com sol, beijo sabor morango, abraço substituindo o moletom. Troca a cortina, pinta a fachada, quebra uma parede aqui e coloca outra ali. Pode ser que demore, pode ser que não. Nunca se sabe por quanto tempo uma obra fica ativa. Só se sabe que, se existe uma obra, é porque a reforma está sendo feita para melhorar, nunca para piorar. Olhe a mudança como forma positiva. Se estranhar mas aceitar com certeza será fácil encantar os olhos que ainda não conhecemos. Vamos atrair mais admiradores porque todo mundo precisa é de auto-estima. Mas a reforma serve principalmente para melhorar nosso interior, a gente pinta a fachada só pra anunciar a mudança, o restante, só invadindo o lado de dentro pra saber.

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